Cercado pela Santa Tereza, missão federal que desmontou esquema de fraudes com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o coronel da Polícia Militar Wilson Consani - apontado como operador do esquema - telefonou de seu apartamento, em Santana, zona norte de São Paulo, para o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP). “Tô sendo preso”, disse o coronel. “Você também?”, surpreendeu-se Paulinho. “Por quê?” A informação sobre o contato do coronel com Paulinho faz parte de um dos relatórios que a PF enviou à Procuradoria da República.

Em resposta, o coronel leu o mandado de prisão que a Polícia Federal lhe exibiu quando bateu à sua porta, naquela manhã de 24 de abril, quinta-feira, dia em que a operação foi desencadeada.

O documento reconstitui os passos do coronel - homem de confiança de Paulinho -, desde a véspera da Santa Tereza, quando Consani foi flagrado em sucessivas ligações de alerta a dirigentes do PDT e da Força Sindical.

Nesses contatos, o oficial demonstra preocupação em avisar o “chefe maior”, segundo ele alusão a Paulinho, acerca da operação A comunicação entre o coronel e Paulinho foi feita por um telefone de Gil, cunhado do parlamentar.

Na manhã em que foi capturado, por decisão do juiz Marcio Catapani, da 2ª Vara Federal, o coronel ligou para Gil, alegando aos federais que estava falando com seu advogado.

Segundo a PF, quando recebeu a chamada do coronel, Gil passou a ligação para o deputado.

As informações são do jornal O Estado de S.

Paul Da Agência Estado