Por dentro de tudo Renata Lo Prete, no Painel de hoje A preocupação do governo com o “vazador” José Aparecido Nunes Pires não se restringe às revelações que o funcionário possa vir a fazer, se contrariado, sobre a cadeia de comando que resultou no dossiê de gastos de Fernando Henrique e Ruth Cardoso.

Como se o dossiê não fosse encrenca suficiente, existe o fato de que a Secretaria de Controle Interno da Casa Civil, ocupada desde o início do governo Lula por José Aparecido, é, na prática, a CGU do Palácio do Planalto e de todas as secretarias especiais a ele subordinadas.

Ou seja: sabe de tudo o que diz respeito a despesas.

Inclusive as do gabinete presidencial.

No preço.

No Planalto, já se ouve a avaliação de que, ainda que José Aparecido não surte na CPI, será difícil salvar o braço direito de Dilma Rousseff, Erenice Guerra.

Esquisitão.

Finda a era Dirceu, José Aparecido “foi ficando”, mas as desavenças com a tropa de Dilma vêm de longe.

Um palaciano define seu estilo como “conspirativo”.