O diretor da Target Marketing e responsável pelo estudo, Marcos Pazzini, diz que o IPC-Target de 2008 apresenta características inovadoras como a segmentação da classe C (C1 e C2), que exigirá dos setores produtivos e de serviços uma reavaliação no foco comportamental de consumo.

Para exemplificar os reflexos dessa segmentação no mix do mercado consumidor, Pazzini destaca que os dados da classe C2 (R$ 162,4 bilhões) estarão mais próximos dos parâmetros de consumo das classes D e E, de menor poder aquisitivo, gerando uma movimentação expressiva de R$ 260 bilhões, equivalente a 16% do consumo nacional nas áreas urbanas.

Em contrapartida, o potencial de consumo da classe média apresentará uma dimensão ainda maior.

No estudo, a classe B2 (parte da classe média) que desponta como sendo a maior de todas as classes com seus R$ 405,5 bilhões, receberá a parcela da classe C1 (cerca de R$ 286,8 bilhões), elevando o montante da classe média a R$ 692,3 bilhões, o que representa mais de 42% do total previsto para 2008.

A população atingirá 187,1 milhões de pessoas, dimensão ajustada conforme os resultados da contagem do IBGE de 2007 (amostragem com municípios de até 170 mil habitantes).

O número de mulheres é pouco superior ao dos homens (51% contra 49%).

A população urbana representa 83,4% (em 2007 eram 82,4%), com um consumo per capita anual de R$ 10.550,00.