Brasília – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) elogiou a iniciativa do governo Lula em colocar a política industrial no centro da agenda do país. “A nova fase da política industrial ajudará a promover o desenvolvimento do país.

A política industrial é abrangente, mas tem foco”, disse. “Durante muitos anos prevaleceu a idéia de que bastava criar um ambiente macroeconômico adequado e o resto era remetido à vontade dos agentes econômicos”, destacou, durante discurso na solenidade de lançamento do Programa de Desenvolvimento Produtivo, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Na avaliação de Monteiro Neto, com o novo plano, o governo reconhece o papel central da indústria no processo de crescimento da economia e coloca a política industrial como um dos elementos-chave da estratégia de desenvolvimento do país.

Ele lembrou, no entanto, que o êxito do plano depende de um ajuste fiscal que retire da política monetária todo do ônus da manutenção da estabilidade econômica. “A política monetária tem um peso muito forte na economia, porque não há uma contribuição efetiva da política fiscal para a estabilização.

O efeito disso é a excessiva valorização do real frente ao dólar, que afeta o potencial de crescimento do país”, explicou o presidente da CNI.

Segundo ele, o Brasil deve reduzir o rigor da política monetária para estancar a crescente desvalorização do dólar frente ao real.

Além disso, a manutenção do alto ritmo de crescimento exige a aprovação de reformas estruturais, como a modernização do sistema tributário, em tramitação no Congresso Nacional.