Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a base do governo defende a convocação do secretário do Controle Interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, e do assessor do Senado André Fernandes, amanhã (13), para deporem na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos. “O governo não tem nenhum temor sobre o depoimento.
O governo se posicionou o tempo todo sobre a verdade dos fatos.
O governo quer que tudo seja esclarecido.
E, portanto, a vinda do José Aparecido e do André à CPMI é um fato extremamente importante e relevante para esclarecer os fatos”, disse Jucá. “Se o que aconteceu foi uma relação entre amigos ou se tem algo mais, inclusive, com conotação política, nós queremos tudo bastante investigado e esclarecido”, acrescentou.
De acordo com o senador, já está comprovado que quem fez o vazamento de informações não foi o governo. “O vazamento foi feito por um membro do PSDB”, disse.
Segundo ele, o que o governo fez foi um banco de dados. “Tivemos a subtração de dados formando um pequeno dossiê, que foi vazado. É importante saber qual a motivação do vazamento.
A gente já sabe que a grande vítima foi a ministra Dilma [Rousseff, da Casa Civil], que foi acusada injustamente”.
Ao ser questionado sobre a possível convocação da ministra para depor na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o líder afirmou que qualquer tentativa nesse sentido, neste momento, antes dos depoimentos de André Fernandes e José Aparecido, é uma convocação com motivação político-eleitoral. “A base do governo não vai concordar com esse tipo de convocação.
Aliás, a ministra já veio aqui na semana passada e deu um show em cima da oposição.
Não é possível que eles queiram repeteco”, afirmou Romero Jucá.