Da Agência Brasil Brasília - Os senadores se dividiram hoje (7) ao avaliar o depoimento da ministra-chefe da Casa Civi, Dilma Rousseff, na Comissão de Infra-Estrutura do Senado.

Convocada para falar sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ela também acabou respondendo perguntas sobre o suposto dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em seu depoimento, a ministra explicitou detalhes sobre o PAC e reiterou que a Casa Civil apenas organizou um banco de dados sobre gastos com o cartão corporativo.

Negou, entretanto, que o órgão tenha elaborado um dossiê e vazado informações sobre o assunto, o que está sob investigação.

Para o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), “a ministra é competente, haja visto ter chegado onde chegou.

Mas ela só respondeu o que lhe interessa, passando por cima do que não lhe interessa”.

O representante piauiense disse que “o PAC é uma peça de ficção, uma carta de intenção em alguns estados”, como o seu.

Segundo ele, pelo que foi demonstrado por Dilma, “você tira totalmente a autonomia do orçamento, que é uma lei votada e discutida pelo Congresso”.

Sobre o caso dossiê, o senador disse que algumas questões não foram respondidas a contento.

O senador afirmou que encaminhou denúncia de compra de jóias com cartão corporativo no atual governo feitas nos Estados Unidos e Suiça e até hoje não recebeu resposta. “É preciso esclarecer isso, senão fica ruim para o governo”, disse.

De acordo com o senador Tião Viana (PT-), o desempenho da ministra na Comissão de Infra-Estrutura do Senado “foi excelente”.

Ele acha que “agora a Casa (o Congresso Nacional) voltará à normalidade, a agenda legislativa será retomada e tudo estará em plena tranquilidade novamente”.

Viana destacou que a ministra contou com absoluto respeito da oposição e “suas explicações foram feitas de forma ética e competente para o Brasil sobre todos os temas, tendo respondito a tudo com absoluta segurança”.