O senador Mão Santa (PMDB-PI) qualificou a ministra da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Roussef, como “mãe dos banqueiros”, em alusão à denominação que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem dado à ministra de “mãe do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]”.

Para Mão Santa, que exibiu nesta quarta-feira (7) da tribuna, dados sobre os lucros dos bancos Itaú e Bradesco, “nunca essas instituições financeiras atingiram números tão exorbitantes na história do país”. - O Itaú, medalha de ouro nessa olimpíada dos lucros dos bancos, apresentou lucro de R$ 2,43 bilhões, equivalente a 7,5% em um mês - chamou a atenção o parlamentar, atribuindo às altas taxas de juros cobradas por empréstimos, inclusive os consignados a aposentados, parte desses lucros.

Mão Santa lembrou que costuma comparar a situação dos aposentados à de “escravos modernos”.

Ele denunciou que muitos desses cidadãos acabam não honrando as prestações dos empréstimos aos bancos por falta de condições financeiras para pagar juros tão altos. - São as mais altas do mundo.

Ministra, mãe dos banqueiros, muitos destes aposentados já estão cometendo até o suicídio.

Não puderam pagar.

Resolvam a situação dos velhinhos, que sofrem com seus poucos vencimentos, já corroídos pelo fator previdenciário, e que o governo quer manter ao orientar contra o projeto que está na Câmara - disse o senador, referindo-se à proposta, já aprovada no Senado, que acaba com o fator previdenciário.

Mão Santa falou em Plenário, simultaneamente à ministra Dilma Roussef, que prestava esclarecimentos sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado (CI).

Com Agência Senado