Dilma está reiterando, no Senado, que não houve dossiê e sim um banco de dados. “O que aconteceu foi um vazamento de informações sigilosas”. “Sou a maior vítima deste processo”, declarou.

Segundo ela, por demanda do Tribunal de Contas da União (TCU), a Casa Civil organizou um banco de dados para facilitar auditorias nas contas da Presidência da República desde o governo Fernando Henrique Cardoso até hoje, informou Dilma Rousseff, ministra chefe da Casa Civil, em audiência à Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI).

A ministra respondeu a questionamento do senador Mário Couto (PSDB-PA).

De acordo com a ministra, a forma de ordenamento dos dados para prestação de contas então adotada dificultava o processo de auditoria, o que teria motivado a mudança de sistemática de organização das despesas e a montagem de um banco de dados.

Sobre a divulgação dos dados à imprensa, Dilma informou: - Buscamos uma comissão de sindicância e buscamos investigação externa para identificarmos quem vazou os dados - frisou ela.

Arthur Virgílio (PSDB-AM) lembrou que o não envio de informações sobre gastos da Presidência solicitados em 2005 pelo senador representaria crime de responsabilidade.

Em resposta, Dilma informou que a Casa Civil não dispunha, à época, do conjunto dos dados requeridos pelo parlamentar.

Disse ainda que a formatação do banco de dados visou a sistematização do processo de compilação dos gastos, “já enviados à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Cartões Corporativos”.