Do UOL Em cerimônia de lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em Manaus (AM), onde obteve quase 87% dos votos válidos nas eleições presidenciais de 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar que é contra a possibilidade de concorrer a mais um mandato e, depois de elogiar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que estava no palanque, desafiou a oposição ao afirmar que fará seu sucessor.
O nome de Dilma é apontado como um dos favoritos a concorrer ao Palácio do Planalto, pelo PT, em 2010. “Quando eu chamei essa mulher de mãe do PAC, teve gente que não gostou.
Ela é a responsável pelo sucesso do PAC. É ela que controla, que fiscaliza e que cobra”, disse Lula, apontando a ministra, que nesta quarta prestará esclarecimentos à Comissão de Infra-Estrutura do Senado sobre o PAC.
O tema dossiê também deve ser abordado.
Após lembrar que “alguns senadores” derrubaram a CPMF no final do ano passado, Lula afirmou que a oposição sabe que ele é “cumpridor da democracia”. “Eu não brinco com democracia.
Toda vez que se brinca com a democracia, a gente quebra a cara.
A alternância de poder é importante.
Toda vez que um dirigente político se acha imprescindível e insubstituível, está começando a nascer um pequeno ditadorzinho dentro dele.
Eu sou democrata”, afirmou.
E fez o desafio. “Agora, eles têm de saber, em alto e bom som, e pode até ficar com mais raiva de mim, nós vamos fazer o próximo presidente da República neste país.
Eles podem ficar certos”, concluiu, arrancando gritos de “Dilma, Dilma, Dilma” da platéia.
Lula cobrou empenho de sua equipe para fazer o sucessor e pediu união por parte dos políticos que integram sua base de sustentação. “Agora tem eleição.
Vocês têm que saber que a eleição não é uma guerra, é uma disputa.
Depois das eleições, vocês têm que continuar companheiros e amigos”, disse.