Cabos e soldados da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar estão decepcionados com o Governo do Estado. É que em abril, o secretário de Administração, Paulo Câmara, prometeu agendar um encontro com o secretário de Defesa Social, Sevilho Paiva, para apresentar uma tabela de proposta de aumento salarial.

A reunião, prometida para o final do mês passado, não aconteceu e até agora nenhuma satisfação foi dada a tropa. “Enquanto os assessores do Governo criam belos anúncios de TV sobre o Pacto pela Vida, para a tropa, a realidade é bem diferente”, garante o presidente da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados, Renílson Bezerra.

Segundo ele, os militares estaduais estão sem perspectiva e a esperança de dias melhores, acabou.

As promoções para cabos estão paradas, as promoções para sargentos nem aconteceram, a gratuidade do transporte não foi concedida, 70% dos PMs e BMs estão com cinco meses das gratificações dos convênios atrasadas e a promessa de iniciar as negociações aumento salarial, não aconteceram.

Renílson afirma que nenhum item da Pauta de Reivindicações apresentada no ano passado, foi atendido.

A divulgação de um anúncio do Governo do Estado sobre o Pacto pela Vida, aumentou mais ainda a insatisfação da tropa. “Até agora o Pacto pela Vida não saiu do papel.

A verdade é que nada foi feito para os policiais e bombeiros militares.

A tropa está decepcionada e vem cobrando da entidade, a realização de uma Assembléia Geral o mais rápido possível”, informa Renílson.

Alguns municípios do interior do Estado já ameaçam parar suas atividades. “Diariamente, recebemos telefonemas e e-mails da tropa, cobrando uma posição nossa.

Pedimos calma, acreditamos na palavra do secretário de Administração, mas até agora nada sobre a prometida reunião.

E quando tentamos marcar com o secretário de Defesa Social, ele está viajando.

Acho que o Governador Eduardo Campos nem tem conhecimento da forma como estamos sendo tratados pelos seus assessores”, diz Renílson.

Para ele, o fato do secretário Sevilho Paiva ter sido representante de entidade sindical, facilitaria no trato com a tropa. “Acreditávamos que ele saberia compreender melhor nossas necessidades.

E tudo uma grande decepção”, conclui Renílson.