A confirmação oficial do nome de Bruno Rodrigues como candidato a vice na chapa de Raul Henry, pré-candidato do PMDB à Prefeitura do Recife, foi marcada por ataques moderados à atual gestão petista.

Comandado por Evandro Avelar, presidente estadual do partido, o evento, realizado no início da tarde desta segunda-feira (5) na sede do PSDB, no Derby, contou com a presença dos principais líderes tucanos e peemedebistas, como os senadores Sérgio Guerra (PSDB) e Jarbas Vasconcelos, que adotaram discursos de enfrentamento ao PT ao criticar obras como o Parque Dona Lindu, o Corredor Leste-Oeste e a Via Mangue. “Recife precisa de infra-estrutura, o que não está sendo desenvolvido na cidade. É a mesma estrutura de cinco, dez, 15 anos atrás”, afirmou Sérgio Guerra, que acredita em uma sintonia entre o perfil de Raul Henry com o de Bruno Rodrigues.

Enquanto Jarbas foi somente elogio à aliança PMDB/PSDB, sem tecer qualquer comentário em relação à atual administração municipal, o candidato a vice-prefeito foi mais duro nas palavras ao criticar o custo para a construção do Parque Dona Lindu, orçado em R$ 28,7 milhões, e a política de segurança pública da cidade. “Por que a guarda municipal, que deveria estar armada, até hoje não está?”, questionou o parlamentar, que também citou as obras do túnel do Pina. “Até hoje não vimos passar um carro por lá.

Se a prefeitura quisesse fazer, faria no 1º ano de mandato , e não no 8º”, disse Rodrigues.

Em um tom semelhante ao do deputado, Raul Henry criticou os cerca de R$ 17,5 milhões investidos no Projeto Orla, intervenção que está sendo feita em oito quilômetros do calçadão da Praia de Boa Viagem, e falou também da política de segurança e educação da gestão petista. “Recife tem a pior rede municipal de ensino e a maior taxa de assassinato do País.

Mais de 500 mil pessoas estão vivendo abaixo da linha da pobreza.

Não estamos nisso por uma ambição pessoal, mas por uma causa: implantar nessa cidade um projeto inovador”, afirmou Henry, dando prosseguimento às críticas à prefeitura petista. “Qual é a política municipal de apoio a essa juventude?

O que é que ficou de novo depois de oito anos?

Nada, além de obras pontuais que não mudam as perspectivas de uma cidade”, disse o pré-candidato, reafirmando a intenção de não partir para ataques pessoais. “A sociedade quer uma campanha limpa.

Não vamos ceder à mediocridade.

Não é esse o nosso sentimento.

Vamos mostrar para a cidade que estamos preparados para administrá-la”.