Brasília – A indústria de transformação fechou o primeiro trimestre de 2008 com crescimento de pelo menos 4,9% em todas as variáveis na comparação com igual período do ano passado, mostra a pesquisa Indicadores Industriais de março, divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

O faturamento real cresceu 7,6% de janeiro a março deste ano ante os primeiros três meses do ano passado, aponta a pesquisa.

No mesmo intervalo de comparação, o emprego cresceu 4,9%, a massa salarial subiu 6,8% e as horas trabalhadas na produção avançaram 6%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) saiu de 82,2% em março de 2007 para 82,6% em março deste ano, nos números originais.

O índice dessazonalizado para março deste ano ficou em 83,1%.

Na comparação com fevereiro, houve um crescimento de 0,1 ponto percentual.

Para os técnicos da CNI, “a intensificação da atividade industrial no início de 2008 sem resultar em acréscimos do nível da utilização da capacidade instalada indica a ampliação da capacidade produtiva”.

O faturamento real da indústria cresceu 8,7% em março na comparação com fevereiro, aponta a pesquisa Indicadores Industriais.

Ao se excluírem os efeitos sazonais e de calendário, houve um recuo de 0,5% ante o mês anterior. “A queda não deve ser entendida como reversão da tendência de expansão desse indicador, mas como uma acomodação após o crescimento de sete meses consecutivos nessa base de comparação”, escreveram os técnicos da CNI.

O texto da pesquisa ressalta que na comparação com igual mês do ano passado houve um crescimento de 1,7% e que, em relação ao último trimestre de 2007, o primeiro trimestre deste ano apresentou crescimento de 1,8% nos dados dessazonalizados.

Dos 19 setores produtivos que compõem a pesquisa, 16 tiveram crescimento do faturamento no primeiro trimestres deste ano se comparado com o mesmo período de 2007.

Quatro setores foram responsáveis por dois terços desse crescimento: veículos automotores (25,1% no primeiro trimestre e contribuição de 2,8 pontos percentuais no crescimento de 7,6% da indústria), máquinas e equipamentos (19,9% e 1,3 ponto percentual), outros equipamentos de transporte (21,9% e 0,5 ponto percentual) e material eletrônico e de comunicação (20,1% e 0,5 ponto percentual).

As horas trabalhadas na produção cresceram 3,8% em março na comparação com fevereiro, segundo o indicador original, e teve uma redução de 0,3% no número dessazonalizado. “Essa redução indica uma acomodação após crescimento nos últimos três meses”, diz o texto da pesquisa.

No índice original, são 15 meses seguidos de crescimento.

O emprego na indústria de transformação no Brasil cresceu 0,3% em março ante fevereiro já descontados os efeitos sazonais e de calendário.

No índice original, o crescimento foi de 0,6%.

Desde fevereiro do ano passado, o emprego na indústria acumula crescimento de 5,5%.

A massa salarial do trabalhador da indústria cresceu em 15 dos 19 setores pesquisados, segundo os Indicadores Industriais divulgados hoje pela CNI.

Com isso, o indicador cresceu 3,5% ante fevereiro.

Como a série é recente, não é possível ter segurança o padrão sazonal, portanto não foi calculada a série dessazonalizada para o indicador.

Segundo a pesquisa, a massa de salários segue sendo influenciada pelo crescimento no emprego.