Da Agência Estado O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse hoje, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, que decide amanhã se encaminha ou não à Corregedoria da Câmara informações sobre o episódio em que o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, é suspeito de ter sido beneficiado com recursos públicos desviados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Se as informações forem encaminhadas e se a corregedoria identificar irregularidades envolvendo Paulinho, pode pedir à Mesa Diretora da Câmara a abertura de um processo no Conselho de Ética da Casa contra o deputado por quebra de decoro parlamentar.

Chinaglia voltou a reclamar da Polícia Federal (PF) por não ter pedido, segundo ele, autorização à Câmara para fazer investigação dentro do prédio do Legislativo, onde um agente federal filmou a movimentação de um lobista entrando e saindo de gabinetes de deputados.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirma que Paulinho não é investigado no episódio de denúncia de desvio de dinheiro do BNDES e que a filmagem na Câmara não dependeria de autorização prévia por ter sido feita em local público, onde filmagens são constantes.

Apesar das declarações de Genro, Chinaglia diz que poderá acionar judicialmente a Polícia Federal se for comprovado que, por lei, a PF deveria ter pedido autorização para a filmagem.