O preço dos gêneros alimentícios essenciais subiu no mês de abril em todas as 16 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realizou sua Pesquisa Nacional da Cesta Básica mensal.

Em abril os alimentos tiveram alta de 3,64% em abril e de 17,85% em 12 meses.

No Recife as maiores altas foram registradas no açúcar (20,39%), tomate (14,96%) e no óleo de soja (14,29%).

No caso do tomate, pelo menos, o problema é doméstico, em relação ao calendário de produção, que deve durar até julho.

O pão foi outro produto que aumentou não só no Recife, como no Brasil todo, em conseqüência da restrição de exportação da Argentina, maior fornecedor do produto no mercado interno, que passou a comprar mais caro do Canadá.

Os maiores aumentos no preço dos produtos essenciais foram registrados em Fortaleza (7,84%) e Belo Horizonte (6,95%).

Por sua vez, os menores reajuste ocorreram em São Paulo (1,73%) e Goiânia (1,97%).

Todas as 16 capitais também tiveram variação positiva no acumulado de 2008, relativo aos quatro primeiros meses do ano.

Os maiores aumentos foram apurados em Fortaleza (19,25%), João Pessoa (16,64%) e Rio de Janeiro (14,29%).

Já Aracaju (1,24%) e Goiânia (2,29%) tiveram os menores reajustes de 2008.

De acordo com o Dieese, o resultado ao longo de 12 meses – de maio de 2007 a abril de 2008 – mostra elevações bastante superiores ao reajuste de 9,21% concedido ao salário mínimo este ano.

Os maiores reajustes anuais ocorreram em Belo Horizonte (29,79%) e João Pessoa (28,87%).

Cesta básica mais cara O aumento ocorrido em Belo Horizonte fez a capital mineira ultrapassar São Paulo, se tornando a cidade com a cesta básica mais cara do país: R$ R$ 228,32, contra os R$ 227,81 da cidade paulista.

Com base nos preços apurados para Belo Horizonte, o Dieese calculou que o valor do salário mínimo ideal deveria ser de R$ 1.918,12 – um valor mais de quatro vezes superior ao atual, de R$ 415,00.

Segundo a entidade, esse seria o valor necessário para “suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”.