Do G1 Negando uma liminar impetrada pelo Ministério Público, a Justiça de São Paulo liberou a Marcha da Maconha, evento que pretende debater a legalização da maconha no Brasil.

A caminhada está prevista para ocorrer no Parque Ibirapuera, na Zona Sul, no próximo domingo (4).

De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, a decisão da juíza Maria Fernanda Belli, do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo), saiu no fim da tarde de quarta-feira (30).

Alegando que a Marcha da Maconha é uma forma de incentivar o uso da droga, como declarou em entrevista à Rádio CBN, o promotor Marcelo Luiz Barone entrou na Justiça com ação cautelar. “Se eu incentivar alguém ao uso da droga, eu estou praticando uma conduta que é tão criminosa quanto o tráfico de drogas.

Incentivar o uso de maconha caracteriza crime previsto na Lei de Entorpecentes", disse ele.

Marcelo Luiz Barone, que também se disse contrário à legalização da maconha, defendeu que essa discussão deve ser travada no Congresso Nacional, e não em via pública.

Para ele, o uso de maconha gera criminalidade.

A Marcha da Maconha estava prevista para ocorrer em, pelo menos, dez capitais brasileiras.

Já o sociólogo Renato Cinco, de 33 anos, coordenador do Movimento Nacional pela Legalização das Drogas e um dos organizadores da marcha, nega que o propósito da marcha seja fazer apologia à maconha. “O objetivo é debater a necessidade de uma nova legislação sobre a maconha e novas políticas públicas, além de discutir o uso industrial e medicinal da planta.

A proibição traz mais prejuízos, porque produz a violência e corrupção das autoridades”, defendeu o sociólogo.

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