O TCE vai fazer uma auditoria especial na Prefeitura do Recife para inteirar-se melhor dos gastos efetuados com o carnaval, que custou aos cofres públicos a importância de R$ 36.107.260,76 (trinta e seis milhões, cento e sete mil, duzentos e sessenta reais e setenta e seis centavos).

O comunicado foi feito na sessão do Pleno pela conselheira Teresa Duere, relatora das prestações de contas da Prefeitura da capital do exercício financeiro de 2008.

Ela solicitou informações à PCR sobre esses gastos e obteve respostas superficiais.

Daí ter sugerido ontem a realização da auditoria a fim de obter o detalhamento desses custos, que foram informados de forma genérica. “Não estamos dizendo que as informações que nos foram prestadas estão erradas.

Mas há dados no documento que exigem uma melhor apuração”, afirmou a conselheira.

No documento que a Prefeitura enviou ao TCE consta que a FADE (Fundação ligada à Universidade Federal de Pernambuco) contribuiu com R$ 2.938.320,00 para o carnaval do Recife e que a Prefeitura gastou com a IAUPE (entidade ligada à Universidade de Pernambuco) R$ 891.000,00.

Consta ainda gastos com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (convênio) no valor de R$ 1.360.746,00 e “apoio financeiro” à Associação de Maracatus de Baque Solto de Pernambuco" no valor de R$ 1.566.705,00.

Além disso, a Prefeitura informou ter gasto R$ 1.529.791,20 com a Federação Carnavalesca de Pernambuco para desfile de agremiações, R$ 271.498,00 com a Câmara de Vereadores “para viabilizar sua participação no carnaval”, R$ 940.000,00 com a RAINBOW PRODUÇÕES para o lançamento do carnaval de Pernambuco em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, R$ 1.848.474,00 com o cachê dos artistas, R$ 1.944.190,00 com instalação de palanques, camarotes e arquibancadas e R$ 705.494,21 com som, iluminação e climatização. “Considerando-se que é muito dinheiro para uma cidade do porte do Recife, é importante que o Tribunal de Contas se debruce sobre o detalhamento desses gastos”, concluiu Teresa Duere.