O empresário-banqueiro mexicano Ricardo Benjamín Salinas Pliego, 52, afirma estar muito otimista com a estréia do Banco Azteca e das lojas Elektra, em Olinda (Pernambuco), em março.

Salinas diz que a estratégia do Azteca é diferente da de outros bancos brasileiros ou de estrangeiros que vieram antes para o país e que seu modelo de negócio poderá influenciar mudanças em outras instituições financeiras. “É possível que logo outros bancos brasileiros venham a trabalhar como nós.” Além da rede de varejo e do banco popular, os negócios do grupo Salinas englobam ainda a TV Azteca, a segunda maior produtora de TV em língua espanhola, empresas de internet, de telefonia e uma parceria com uma companhia chinesa do setor automotivo.

O grupo atua em nove países e fatura mais de US$ 5 bilhões por ano.

Salinas diz que, em cinco anos, o Banco Azteca terá mais agências no Brasil do que no México.

Em cinco anos, o grupo planeja investir US$ 2 bilhões no Brasil.

A intenção é contar com pelo menos 1.600 pontos-de-venda, que podem ser agências bancárias exclusivamente ou estar dentro de lojas de varejo.

No território mexicano são 1.500 agências.

O banco, que não cobra tarifas, permite abrir uma conta de poupança com R$ 5 e paga juros entre 10% e 11% ao ano, se vangloria de ter a menor taxa do mercado.

Empréstimos são pagos semanalmente. “Muitos deles [clientes] não estão acostumados a receber e a depositar o dinheiro, muitos não estão na economia formal. É mais fácil, para eles, pagar semanalmente.

Ajuda muito, sobretudo aos informais.” O grupo pretende consolidar a operação no Nordeste antes de entrar em outras regiões do país.

Criado há apenas cinco anos, o Banco Azteca tem 8 milhões de clientes com depósitos e está entre os dez maiores do México.

Sorridente, Salinas esquiva-se com simpatia quando se insiste em falar de números no Brasil.

Mostrou-se interessado no idioma do país em que começa a investir US$ 2 bilhões. “Fale em português, entendo bem, é só falar devagar”, disse, em espanhol.

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