Da editoria de Política do JC Não foi desta vez que o prefeito do Recife, João Paulo (PT), conseguiu formalizar o apoio do PMN à pré-candidatura a prefeito de João da Costa (PT).

Os dois petistas conversaram longamente, nesse domingo (27), com o presidente regional da legenda, Sílvio Costa, para tentar atraí-lo, oferecendo, inclusive, espaço no primeiro escalão da prefeitura.

O parlamentar, no entanto, não saiu convencido de que a melhor alternativa é lançar, no primeiro turno, uma candidatura única, como defende o prefeito, e exigiu que os petistas deixem mais claro o apoio incondicional à renovação do mandato do governador Eduardo Campos (PSB) em 2010.

O líder do PMN disse ao prefeito e ao seu pré-candidato que a prioridade do PMN, além de evitar um retorno da oposição ao poder municipal, é assegurar a reeleição de Eduardo Campos. “É preciso mais clareza.

Qual é a posição em relação a 2010?”, indagou.

Silvio Costa afirma, mais uma vez, que a articulação para as eleições deste ano passa, necessariamente, pelo pleito de 2010.

João Paulo teria o projeto de disputar o governo ou o Senado daqui a dois anos e, fazendo o sucessor, se fortaleceria num possível confronto com Eduardo.

O deputado reafirmou aos petistas a tese de múltiplas candidaturas, ressaltando que, além de João da Costa, os governistas podem aderir aos palanques dos pré-candidatos Luciano Siqueira (PCdoB) e Carlos Eduardo Cadoca (PSC).

Diante deste cenário, Sílvio afirmou que não tem pressa e pode só tomar a decisão em 30 de junho, quando termina o prazo para as convenções partidárias.

Ele assegurou a João Paulo, porém, que não será voz isolada. “Se isso não for à frente (as múltiplas candidaturas), não serei dissidente”, argumentou.

Quanto ao PMN integrar o primeiro escalão da PCR, essa proposta, pelo menos por enquanto, não seduziu o partido a ponto de levá-lo para o palanque de João da Costa.

A estratégia surtiu efeito com o PR de Inocêncio Oliveira, que após muita resistência, aderiu ao petista em troca da secretaria de Saneamento.

O próximo alvo de João Paulo é o PP do ex-deputado Severino Cavalcanti.