A juíza Orleide Rosélia, da 1ª Vara de Carpina, deu um despacho, agora no começo de abril, acatando a denúncia do Ministério Público do Estado contra os executores do assassinato do vereador e radialista Jota Cândido, morto no dia 1 de julho de 2005, em frente à Rádio Alternativa FM de Carpina, onde trabalhava.

Ele levou 20 tiros e já havia escapado de um atentado anterior, em maio daquele ano.

Na cidade, ele havia apresentado um projeto anti-nepotismo, proibindo a contratação de parentes em até terceiro grau pelo Executivo e o Lesgilativo municipais.

A promotora Rosângela Furtado Padela Alvarenga, que acompanha o caso da morte do radialista no Ministério Público do Estado em Carpina, disse que não há data para um júri porque os acusados precisam ser intimados, por meio de carta precatória e nem o MP tomou ciência oficialmente ainda. “Os executores foram pronunciados na sentença.

Quanto ao mandante, a polícia ainda está em deligência e não há estimativa de tempo para uma conclusão”.

Para a Polícia Civil, o autor intelectual do crime seria o PM Luiz André de Carvalho, também conhecido como Cabo André, chefe da Guarda Municipal de Carpina à época.

Ele teria recebido a ajuda dos policiais militares Edilson Soares Rodrigues e Tairone César da Silva Pereira, além do motorista Jorge José da Silva.

Eles podem pegar até 30 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado.

Ao escapar do primeiro atentado, o vereador e radialista chegou a afirmar que a tentativa de homicídio havia partido de pessoas ligadas à Prefeitura.

Quarenta dias depois, foi assassinado.

Ele deixou esposa e três filhos menores.