O senador do PMDB de Pernambuco também criticou a manipulação que o Governo Lula começou a fazer com os chamados “movimentos sociais”. “Os sindicatos, as organizações não-governamentais, por exemplo, que deveriam ser a vanguarda da sociedade, foram transformados em meros instrumentos da manutenção do statu quo.
Tudo muito bem azeitado pelo repasse de recursos públicos dos “companheiros” encastelados na máquina pública.
A manipulação se transformou em regra de comportamento”, desabafou Jarbas.
Um dos poucos senadores do PMDB que não apóiam o Governo Federal, Jarbas Vasconcelos voltou a alertar a minoria para os riscos que o Brasil corre com o que chamou de ascensão da mediocridade. “Por todo esse cenário preocupante, cresce em responsabilidade o papel das forças de oposição.
A pauta dessa agenda continuísta já está posta, quer seja por meio de uma oportunista e esdrúxula re-reeleição, quer seja por meio de um candidato – poste ou não – a ser “ungido” pelo presidente da República”.
Jarbas continuou: “Cabe à oposição deixar claro que democracia e personalismo não combinam.
Nunca combinaram.
Aí está a História da Humanidade repleta de exemplos de que o messianismo provoca efeitos devastadores sobre o desenvolvimento coletivo de uma sociedade”.
Jarbas Vasconcelos recorreu a uma avaliação do filósofo político italiano Norberto Bobbio, para criticar aqueles que defender um terceiro mandato para o presidente Lula pelo fato de ter uma alta aprovação nas pesquisas: “A soberania popular não pode se basear na mera autoridade do número: a maioria é tão arbitrária quanto o arbítrio individual.
A soberania não pode ser senão a soberania do direito, de uma ordem jurídica racionalmente organizada, mediando entre liberdade e organização, entre espontaneidade social e poder”.
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