Meu caro Jamildo.

O parêntesis que você incluiu ao transcrever o que supostamente seria um trecho da fala do governador Eduardo Campos, no ato de lançamento do novo modelo de gestão do estado, subverteu o sentido do que ele, de fato, disse.

Para recordar: o governador enfatizava a necessidade dos membros de sua equipe cumprirem os prazos pactuados (note bem: pactuados) no processo de definição dos objetivos estratégicos e das metas.

E achou por bem lembrar que o prazo dele (no caso, o mandato) termina em 31 de dezembro de 2010, ficando impedido, portanto, de se responsabilizar por qualquer ação de governo que extrapole tal limite.

Ou seja, o que Eduardo disse é que não poderia combinar com secretário ou diretor de empresa nada para ser feito depois de 31 de dezembro de 2010, pois, para isso, o autor da proposta teria de combinar com o povo, não com ele. É só ver a transcrição da fala, que desde já está disponível para quem se interessar: *“É uma mudança efetiva que nós vamos produzir, não dá para começar amanhã.

Eu tenho dito a todos que não posso dar mais uma semana de prazo, por que eu só tenho até o dia 31 dezembro de 2010 e eu não posso entrar por janeiro de 2011, porque isso depende de combinar com o povo e quem em me pede uma semana a mais não combinou com o povo.

Nós precisamos ter o prazo como algo que a gente se compromete com ele.

Não é um prazo irreal, não é um prazo impossível, que não é um prazo que não se pode discutir”.* Como se vê, é completamente diferente do que seu post dá a entender e inteiramente de acordo com a postura pública que o governador vem adotando desde que começou o seu mandato, focando sua atenção ao governo e ao que precisa ser feito pelo estado e se eximindo de se meter em conversas sobre eleições – diga-se, para desespero da reportagem política pernambucana.

Grato pela atenção.

Evaldo Costa Secretário de Imprensa do Governo de Pernambuco PS: Releia aqui o texto produzido pela desesperada repórter Carla Seixas, do JC, com o auxílio do não menos ansioso Sílvio Burle.