O padre João Carlos Santana alcançou nessa terça (22) mais uma vitória parcial contra a Arquidiocese de Olinda e Recife, que move contra ele um processo de reintegração de posse da paróquia de Água Fria. É que a 6a Câmara Cívil do Tribunal de Justiça do Estado (TJPE) deu decisão favorável ao agravo de instrumento impetrado pelo padre e mandou o juiz de primeira instância Janduhy Finizola da Cunha, da 5a Vara Cívil, examinar os embargos declaratórios apresentados pela defesa do pároco.
Segundo o advogado do padre, Hebron Oliveira, a decisão do TJ não entra no mérito da questão.
Mas, na prática, dá a João Carlos Santana o direito de permanecer na paróquia, pelo menos por enquanto.
A Arquidiocese pode recorrer ao próprio TJ ou a instância superior.
No caso, o Superior Tribunal de Justiça.
Também tem a opção de aguardar a decisão do juiz Janduhy Finizola da Cunha sobre os tais embargos declaratórios - instrumentos jurídicos que visam ao esclarecimento de um despacho judicial.
Isso quer dizer que o juiz pode analisar os embargos e, mesmo assim, acabar mantendo sua decisão anterior em favor de Dom José.
Enquanto isso, o padre João Carlos continua exercendo suas atividades normais à frente da paróquia. É ele quem celebra, por exemplo, as quatro missas semanais na matriz de Água Fria, às terças, sábados e domingos (em dois horários).
Ele tem percebido que pessoas se afastaram da paróquia - na sua opinião, com receio de estar desrespeitando a hierarquia da Igreja.
Outras tantas se aproximaram. “Muita gente se identifica com uma Igreja mais livre e que aje de acordo com o que prega”, disse.
Atualizada às 19h50.
Leia a decisão do TJ.