Da editoria de Economia do JC O governador Eduardo Campos admitiu que uma das metas da Lei da Inovação, debatida ontem (terça, 22) durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Pernambuco (Cedes), é tirar a triangulação das fundações existente hoje entre as instituições públicas de ensino e as empresas privadas.

A lei deve ser encaminhada ainda no primeiro semestre para ser votada na Assembléia Legislativa de Pernambuco. “Os Estados estão sentindo essa necessidade.

Hoje, por exemplo, se a Universidade de Pernambuco (UPE) quiser firmar uma parceria de mestrado com a Refinaria Abreu e Lima, o Estado vai precisar de uma representação como a de uma fundação.

Com a Lei da Inovação, isso será feito diretamente”, explica o gestor, usando como exemplo um dos maiores aportes situados no Complexo Portuário de Suape.

As fundações e Organizações Não-Governamentais (ONGs) vez por outra são alvo de denúncias de alguma irregularidade, algo que tem incomodado os gestores por terminar envolvendo as administrações no debate.

Segundo Campos, apenas outros três Estados têm discutido o assunto com o objetivo de instituir novas regras com esse foco.

São eles: Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo.

Mas as regras da Lei da Inovação ainda vão ser mais debatidas até que se chegue ao molde ideal. “Vamos ter uma nova rodada de conversa para enviar a proposta apenas no final deste semestre.

As mudanças vão tornar mais clara a relação entre as instituições de ensino e a iniciativa privada”, explica Eduardo Campos.

Ele reforça que alguns dos conselheiros que fazem parte do Cedes vão auxiliar nesse debate.

Na reunião de ontem também foram discutidas inovações na área de educação, com a apresentação do secretário Danilo Cabral sobre o portal que vai mostrar a programação das aulas dos professores da rede pública de ensino.

Além disso, formas de como melhorar o ensino médio também foram tratadas.

O secretário de Articulação Social, Waldemar Borges, afirmou que também foram aprofundados debates sobre a integração de eixos como a oportunidade econômica com educação e segurança, por exemplo. “Outro ponto fundamental é a transferência de conhecimento entre os pequenos e médios empreendedores”.

Ontem, um dos empresários mais esperados para participar do encontro do Cedes terminou se ausentando.

O empresário Jorge Gerdau, da Gerdau, não participou porque, segundo Borges, precisou viajar antes do horário previsto.

Cerca de 50 conselheiros estiveram no Palácio.