O ofício foi publicado em 07 de março de 1988.
O número do protocolo do documento também está registrado: 1760.
A solicitação, em plenário da Casa de Joaquim Nabuco, tinha endereço certo: governador Miguel Arraes e vários secretários estaduais – Turismo, Justiça, Planejamento, Indústria e Comércio, Cultura, Agricultura.
O alerta foi feito.
Vinte anos se passaram.
O discurso daquela época parece ter sido escrito hoje.
Preocupação antiga para problemas que se repetem: onde construir presídios e penitenciárias em Pernambuco?
O ex-deputado estadual Carlos Lapa foi o autor do citado pronunciamento na Assembléia Legislativa.
Naquela data, o parlamentar ocupou a tribuna da casa para demonstrar a importância da retirada das penitenciárias da ilha de Itamaracá (PAI e Barreto Campelo).
Questões como potencial turístico, segurança e privatização das unidades prisionais foram tratadas no discurso direcionado às autoridades do Estado.
O ex-deputado, em pronunciamento de três páginas, fez propostas em 1988.
O fato é que de lá para cá, nada mudou.
Ao contrário, além de não ser ouvido, a situação só piorou. “Não há critérios para construção de presídios no Estado.
Não se pode simplesmente determinar que o município A ou B ceda espaço sem antes ouvir a população.
O primeiro passo é observar a densidade demográfica de cada cidade.
Em Ouricuri, com poucos mil habitantes, seria o ideal para receber uma unidade prisional”, defende Lapa.