De Veja O Instituto Novo Horizonte, uma ONG da periferia de Brasília que diz oferecer cursos a crianças pobres, se associou aos ministérios do Esporte e da Ciência e Tecnologia para desviar, sozinho, 3,4 milhões de reais.
Quem acusa é Michael Vieira da Silva, ex-funcionário da ONG, usado como laranja no esquema criminoso.
Em declarações que VEJA publica em sua edição desta semana, Michael revela como o Instituto Novo Horizonte se transformou numa verdadeira mina de ouro para seu dono, Luiz Carlos Coelho de Medeiros.
O ex-funcionário contou à revista que atuava como uma espécie de faz-tudo da entidade.
Seu grande trabalho foi abrir uma empresa de fachada, a T & Z, para fornecer notas fiscais frias à ONG, que assinou um convênio com o Ministério de Ciência e Tecnologia no valor de 1,8 milhão de reais.
Os recursos saíam dos cofres do Ministério e desapareciam sem deixar vestígios.
Com documentos, Michael prova que o destino final do dinheiro era a conta pessoal de Luiz Carlos.
A ONG simulava gastar a maior parte da verba que recebia em material didático.
Investia, na verdade, apenas 5% do que declarava.
A diferença, 95%, caia nos bolsos dos donos e de amigos que participavam do esquema