Por Renato Lima, na editoria de Economia do JC Pernambuco deverá ganhar um banco com capital azul e branco, fundado por empresários locais.
Trata-se do Banco Gerador S.A. que está em processo de formação.
Ontem, o grupo publicou a declaração de propósito, uma primeira etapa para o início da tramitação no Banco Central.
A proposta é oferecer crédito para empresas regionais de porte médio e estruturar operações de fusões e aquisições.
O banco terá como sócios Paulo Della Nora Macêdo, que será também diretor-presidente, Paulo Sérgio Freire Macêdo, da Nordeste Segurança, Severino José Carneiro de Mendonça, da Serttel e Antônio Lavareda, da MCI.
O capital inicial é de R$ 20 milhões.
A unidade terá sede no Empresarial Nassau, na Agamenon Magalhães, e uma filial em São Paulo, no bairro dos Jardins.
A proposta do grupo é ter o banco pronto para operar entre setembro e outubro deste ano, aguardando apenas autorização do Banco Central. “O banco terá foco na empresa familiar do Nordeste.
Tanto para expandir o negócio desse empresário quanto quem queira vender e precisa estruturar o processo”, explica Macêdo.
Ele projeta em 40 funcionários a necessidade de pessoal próprio, que vai atuar em áreas como tesouraria, auditoria e estruturação de negócios.
Segundo o executivo, com o fechamento dos bancos regionais, os empresários da região ficaram órfãos desse tipo de assessoria financeira.
Paulo Macêdo é economista formado pela UFPE e estava na Suíça, numa instituição bancária.
Resolveu voltar para participar do banco. “Como pernambucano não queria ficar de fora desse projeto”, afirma.
Apesar de começar com um capital pequeno para uma instituição financeira, o Gerador S.A. deve captar recursos no futuro com Certificados de Depósito Bancário (CDB) e também empresários locais. “Há muita gente capitalizada aqui e que poderia participar.
Além dos próprios sócios que têm mais fôlego”, diz.
O banco conta com a assessoria de uma empresa especializada em montar bancos, a Controlbanc, que participou da aberturas das unidades do Azteca (que também tem sede em Pernambuco), Toyota, Votorantim entre outros.
Sistemas desenvolvidos por empresas locais do pólo de tecnologia serão testados e poderão fazer parte da instituição financeira.
A proposta do banco também é incentivar o setor audiovisual do Estado, com a possibilidade de financiar futuras produções.