Temos que pegar Da coluna Painel A oposição no Senado vai fechando o cerco a Dilma Rousseff.
Para evitar a votação, hoje, de recurso do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), anulando a convocação da ministra para falar sobre o dossiê de gastos de FHC, o presidente da Comissão de Infra-Estrutura, Marconi Perillo (PSDB-GO), cogitava ontem nem realizar a sessão e remeter o assunto diretamente à Comissão de Constituição e Justiça.
Ali, a oposição conta com os votos de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Simon (PMDB-RS) e Jefferson Péres (PDT-AM) para manter o depoimento de Dilma.
Caso o governo insista em blindá-la, a idéia é esticar a corda dificultando a aprovação de Bernardo Figueiredo, assessor da ministra, para chefiar a Agência Nacional de Transportes Terrestres.
Os governistas seguirão tentando de tudo para melar o depoimento de Dilma. “Depois daquela entrevista, seria um risco repetir o estilo “prende e arrebenta” no Congresso”, diz um aliado.
Pré-dossiê, a oposição se inclinava a referendar Bernardo Figueiredo.
Após indisposição inicial, provocada pelas queixas do senador Eliseu Resende (DEM-MG), cujo filho ocupa a diretoria-geral da ANTT, tucanos e “demos” amaciaram diante de pedidos de empresários influentes, todos intercedendo a favor do pupilo de Dilma.
A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), era ontem a mais propensa a melar todo e qualquer acordo com a oposição na CPI mista dos Cartões, depois da tática de guerrilha demo-tucana para convocar Dilma na Comissão de Infra-Estrutura.
Coube aos bombeiros da Casa acalmar a catarinense.