O pré-candidato do PT à sucessão de João Paulo, secretário João da Costa, confirmou agora há pouco ao Blog estar analisando a possibilidade de ter um treinamento específico para TV com o ator Odilon Wagner.

Antigo militante petista, Wagner já fez o mesmo tipo de consultoria para gente grande como o ex-presidente FHC (PSDB), o senador Eduardo Suplicy (PT) e o governador de São Paulo José Serra (PSDB).

Ele participou de várias produções da TV Globo.

Estava, por exemplo, no elenco de Sete Pecados, novela das sete recentemente substituída por Beleza Pura.

Fazia o personagem Anselmo e usava uma peruca ridícula.

João da Costa informou que ainda não chegou a conversar com o ator e apenas tratou do assunto com a equipe que se encarregará de seu guia eleitoral. “Não sou profissional de comunicação.

E em uma campanha, a gente fica em uma exposição muito maior”, contou. “Isso exige certos conhecimentos técnicos”.

O nome oficial do serviço é “media trainning” (treinamento para a mídia na tradução literal). “Em toda campanha, todo candidato tem.

Normalmente quem faz isso é o coordenador de comunicação”, explicou João da Costa.

Abaixo, confira uma reportagem de 2007 da revista Istoé Gente falando sobre o trabalho desenvolvido pelo ator Odilon Wagner.

COM OS POLÍTICOS NA MIRA Trabalhar com entrega, sinceridade e forte carga de emoção.

Acreditar e ter Conhecimento do que está dizendo.

Ser disciplinado e autêntico.

Com mais de 30 anos de carreira, o ator Odilon Wagner, 49, não transmite estes conselhos apenas a novos colegas de profissão.

Entre seus ouvintes estão profissionais respeitados no cenário nacional.

Pessoas como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-ministro José Serra, senadores, deputados, governadores e prefeitos. É que, além de ser artista, Odilon também é consultor em comunicação.

Em época de eleições, seu palco é o bastidor de campanhas eleitorais, em que presta assessoria ao candidato. “Desenvolvo as potencialidades individuais para fazer as pessoas crescerem na sua capacidade de comunicação.” O trabalho é baseado em sua experiência como ator e é mais profundo que técnicas de oratória.

Odilon faz com que a pessoa embarque numa viagem interior e construa um personagem real tirado de si mesmo. “Para isso, é preciso descobrir suas referências pessoais e aspectos de sua personalidade.

A melhor comunicação é a verdadeira.” Já são 20 anos nessa área.

Militante do PT, o ator começou assessorando Eduardo Suplicy.

Ultrapassou as fronteiras do partido do coração, hoje atende mais a outras siglas do que ao próprio PT, e é conhecido na cena política como uma espécie de guru.

Ajudar a eleger ex-opositores não o perturba mais. “Quando resolvi isso na minha cabeça, comecei a trabalhar profissionalmente”, lembra ele, que parou de apoiar publicamente o PT no início dos anos 90.

Ano passado, foi chamado para preparar José Serra para a campanha presidencial.

O auxílio ao ex-ministro, contudo, durou pouco tempo. “A paciência dele se esgotou”, conta Odilon.

O ator acha que a desistência foi determinante para que Serra perdesse as eleições. “Ele tem capacidade para ganhar de qualquer um em qualquer momento.

Tem história, conteúdo e comprometimento, mas não acreditava que era importante ter uma pessoa para ajudá-lo a se comunicar com o público. É um trator na forma de se comunicar.” Durante a campanha, o ator trabalha com o marqueteiro. É dele a responsabilidade de fazer o candidato comprar a idéia e administrá-la de maneira verdadeira.

Odilon também dirige o postulante no programa eleitoral na tevê e o pre-para para debates.

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