Após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, ocorrida nesta quarta-feira (16), quando os juros subiram de 11,25% para 11,75% ao ano, a primeira elevação em quase três anos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, evitou contato com os jornalistas.
Nesta quinta-feira (17) pela manhã, Mantega optou por entrar no prédio do Ministério da Fazenda pela garagem, evitando, com isso, a imprensa que o aguardava na entrada oficial.
Mantega combateu nas últimas semanas o possível aumento de juros.
Chegou a sinalizar com medidas para conter o crescimento do crédito, e efetuou um corte de quase R$ 20 bilhões no orçamento para conter os gastos do governo - que também contribuem para o aumento da inflação.
Há duas semanas, o ministro Mantega, criticou, de forma indireta, seus companheiros de BC em mais um episódio que pode ser classificado como “fogo amigo”.
Durante discurso na reunião do Conselho Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto, Mantega classificou de “ortodoxos” os que temem que o atual processo de crescimento econômico cause desequilíbrios.
Para o ministro, o aumento do salário dos brasileiros não causa inflação porque a produtividade cresce mais, e acrescentou que os economistas “deveriam aprender isso na escola”.