Brasília - Apesar da dificuldade em ter acesso às informações sigilosas de gastos com cartão corporativo, como desejava a oposição, o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), disse que já tem elementos para elaborar o relatório final apenas com os documentos não-sigilosos encaminhados pelo Executivo à CPMI.

Ele adiantou que irá fazer sugestões para maior fiscalização no uso dos cartões, entre elas, a possibilidade de filtro de uso “para que os cartões não sejam mais usados em free shops” e a proibição de saques em dinheiro.

O deputado afirmou que ainda não vai investigar o uso do cartão corporativo pelo reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ulysses Fagundes Neto.

Reportagens publicadas na imprensa afirmam que ele usou cartão corporativo para pagar despesas em viagens ao exterior - inclusive à Alemanha durante a Copa do Mundo de 2006 - e compras de artigos eletrônicos e esportivos. “Se até a apresentação do relatório final a CGU [Controladoria-Geral da União] não investigar, vou submeter aos órgãos competentes para que se faça a auditoria”, disse o relator.