Um novo requerimento de convocação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pode ser analisado pelos senadores nesta semana.
O líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM), apresentou à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) uma solicitação para que a ministra preste esclarecimentos sobre o suposto dossiê com os gastos de Fernando Henrique Cardoso quando este era presidente da República.
Esse requerimento está na pauta da reunião da CCJ marcada para as 10h desta quarta-feira (16).
Se a comissão aprovar o pedido, será a segunda convocação de Dilma Rousseff pelo Senado em duas semanas.
No início do mês, a Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) aprovou outro requerimento para a vinda da ministra.
De autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), a proposta prevê que Dilma Rousseff falará sobre o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e sobre a Usina Hidrelétrica de Belo Monte (PA).
Na reunião da CI, chegou a ser aprovado aditamento ao requerimento de Flexa Ribeiro, de autoria do presidente da comissão, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), para que a ministra falasse também sobre o dossiê.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), criticou a iniciativa e afirmou que a CI não tinha atribuição regimental para discutir temas como os cartões corporativos e o dossiê em questão.
Também protestou contra o aditamento o senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Diante disso, Perillo retirou a complementação que havia apresentado à proposta original, mas disse que os senadores que integram a comissão poderão questionar a ministra sobre o suposto dossiê.
Na solicitação que apresentou à CCJ, Arthur Virgílio argumenta que o depoimento de Dilma Rousseff é necessário “diante das gravíssimas denúncias veiculadas nos órgãos de comunicação sobre a participação de seus subordinados [DA MINISTRA]na fabricação de um dossiê para intimidar os parlamentares de oposição do Congresso”.