Relendo os discursos de Lula em sua passagem pelo Recife no final de março, o companheiro Jamildo deu de cara com uma informação para derrubar os críticos do presidente, que sempre o acusam de nunca ter lido um livro.

Eis a prova em contrário: “Uma vez eu li um livro do Ruy Castro (Estrela Solitária), em que ele contava a história do Garrincha.

Ele contava que na Seleção Brasileira de 58, que foi jogar e foi campeã do Mundo na Suécia, a maioria dos jogadores teve que arrancar muitos dentes, porque todos estavam com os dentes podres, eram todos pobres e, naquele tempo, não se ganhava dinheiro como hoje.

Então, uma criança na escola, se ela consegue detectar ainda na formação da dentição de leite, que ela tem uma deficiência, ela pode cuidar rapidamente, pode haver uma correção, e essa criança pode ser uma criança muito inteligente e sem problemas”, disse o presidente em seu discurso em um evento no Imip, no dia 27 de março.

Na semana seguinte, já no Rio Grande do Sul, em visita a uma universidade, Lula tentou justificar o porquê de não ter feito um curso universitário. “Não pude fazer (faculdade), num primeiro momento, porque não tive condição.

No segundo momento, porque eu estava casado.

No terceiro momento, porque era dirigente sindical.

No quarto momento, porque virei presidente do PT.

No quinto momento, porque virei presidente da República”, afirmou. “Quem sabe no sexto momento, quando eu não for mais nada, quem sabe eu possa conseguir, através da universidade aberta, meu diploma”.