Da Folha on line O “Plano A” do PMDB é filiar o tucano Aécio Neves ao partido e lançá-lo à Presidência em 2010.
A direção peemedebista chega a sonhar com a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convencer o PT a dar um vice a Aécio: o governador de Sergipe, Marcelo Déda.
A cúpula peemedebista se sente tão ligada ao projeto de Aécio em 2010 que admite, reservadamente, apoiar o mineiro até mesmo se ele for o candidato do PSDB à Presidência.
Obviamente, seria feita consulta a Lula para o partido tentar obter uma espécie de aval.
E o partido não vai admitir isso de público, pois deseja filiar o mineiro.
A Lula interessaria um candidato da oposição com o perfil de Aécio –o tucano que tem maior proximidade com o presidente e com o PT.
Mas o presidente avalia que, no PSDB, o candidato tende a ser José Serra, governador de São Paulo e hoje o político que lidera as pesquisas sobre a sucessão de 2010.
Para Lula, Serra tende a ter uma atitude mais hostil em relação a ele do que Aécio, mas acha que o paulista também não o atacará pesadamente.
O PMDB conta com o favoritismo de Serra no PSDB para persuadir Aécio de que ele não terá a legenda em seu partido atual e que o melhor destino seria trocar de sigla.
Em 2010, será o centenário de Tancredo Neves, avô de Aécio e presidente que morreu antes de assumir, em abril de 1985.
Peemedebistas dizem que uma candidatura Aécio seria altamente simbólica no PMDB, que poderia repetir o espírito aliancista do avô ao costurar uma união com PP, PTB e PR para ser um alternativa aos candidatos de PSDB e do PT.
A avaliação reservada de Aécio é a seguinte: dificilmente se reproduzirá de novo um cenário tão favorável a ele como em 2010.
Governador pela segunda vez, uniu Minas, tem a simpatia de PMDB, do PSB de Ciro e da ala tucana contrária a Serra.
Também criou pontes com Lula.
Aécio acha que dá para ganhar de Serra no ninho tucano.
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