Brasília - A acusação que pesa sobre o ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) Timothy Mulholland, de uso irregular de recursos da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) para reforma de um apartamento funcional e compra de automóvel, levou o governo a estudar regras mais rígidas para o relacionamento das universidades com suas fundações.

Amanhã (14), será publicada uma portaria interministerial sobre recredenciamento de fundações de apoio com essas normas, segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Uma delas é a participação de no mínimo dois terços de professores ou servidores das universidade nos projetos de pesquisa da fundação, para evitar que estas sejam usadas como fachada.

Será necessária também a aprovação das contas e do estatuto das fundações pelo conselho superior da universidade. “É o que nós podemos fazer pelo Executivo, já que a lei das fundações é antiga”, explicou Haddad.

Os gastos do reitor da UnB, que incluíram uma lixeira de quase mil reais, levaram os estudantes a ocupar o prédio da reitoria no último dia 3.

A ocupação prossegue e hoje Timothy Mulholland comunicou sua renúncia ao ministro da Educação.

Ele já estava afastado.

Ontem, o interino Edgar Mamiya também renunciou.