O líder do Governo na Assembléia Legislativa, Isaltino Nascimento (PT), ocupou a tribuna da Casa na tarde desta quinta-feira (10), para esclarecer que a matéria publicada na edição de hoje pelo jornal Folha de São Paulo, ligando o governador Eduardo Campos a supostas irregularidades na execução de contratos do Instituto Xingo com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), traz uma série de informações desencontradas.
Além disso, o deputado destacou que o jornal não apresenta documentos que comprovem as acusações. “Já há depoimento, inclusive, de uma das autoras da reportagem, que em conversa esta tarde com Gilberto Rodrigues, diretor geral do Instituto Xingó, reconheceu que não há irregularidade na relação do instituto com o MCT”, adiantou Isaltino, cobrando uma retratação do jornal paulista.
O deputado disse ainda que a jornalista citou apenas os casos de duas notas fiscais que tiveram de ser corrigidas, mas em outros convênios, com o Ministério das Minas e Energia e com a Codevasf.
Isaltino acrescentou que o que houve foi a identificação de falhas em outros convênios pelos próprios contratantes, que foram corrigidas a tempo.
O líder do governo ressaltou também que, no que diz respeito especificamente à emenda parlamentar liberando recursos para o Xingó, é necessário esclarecer que ela não foi direcionada ao Instituto, mas ao Ministério.
Segundo Isaltino, o então deputado federal Eduardo Campos apresentou emenda ao Orçamento Geral da União destinando recursos para financiar políticas públicas implementadas nacionalmente, como por exemplo, o fortalecimento da economia de base local.
E nesta época, o Instituto Xingo era dirigido pelo senhor Moisés Aguiar, vinculado ao PSDB de Alagoas.
O líder governista esclareceu ainda que o Instituto Xingó foi criado em 1996, no governo Fernando Henrique Cardoso, como um dos braços do programa Comunidade Solidária.
E que o MCT “contratou a instituição e não o seu presidente com base em seu histórico e na capacidade técnica demonstrada nos mais de 100 termos de parceria executados com sucesso, entre eles com a Sudene, Petrobrás, CNPq, Embrapa, Chesf, Ministério da Integração, governo de Sergipe, entre outros”. “O que vemos é uma reportagem maldosa, que tenta ligar o nome do governador Eduardo Campos, que começa a se destacar nacionalmente, a denúncias infundadas”, enfatizou.
DÚVIDAS Além das supostas irregularidades envolvendo o Instituto Xingó, a reportagem desta da Folha também questionou o fato de que o diretor geral da organização, o geólogo Gilberto Rodrigues, é tesoureiro do PSB, partido do governador.
E que a instituto recebeu milhões de reais em convênios com o MCT, sob influência de Eduardo Campos.
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Até Marcos Loreto, hoje no TCE, é citado