Após uma semana de ocupação dos estudantes na reitoria da Universidade de Brasília, o reitor da instituição, Thimoty Mulholland, denunciado por improbidade administrativa pelo Minitério Público Federal, pediu afastamento do cargo por 60 dias.

Segundo a Agência Brasil, em nota lida para a assembléia da Associação dos Docentes da UnB, ele afirma que tomo a inicitaiva “com o objetivo de assegurar os princípios constitucionais da eficiência, publicidade, moralidade, impessoalidade, legalidade e transparência nas apuração dos fatos”.

Em seu lugar assumirá o vice-reitor, Edgar Mamya.

A ação por improbidade administrativa foi impetrada pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

O promotor do MPDFT Ricardo Souza intimou, ontem, Mulholland a comparecer a uma audiência para tratar dos contratos firmados entre a UnB e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), ligada à instituição.

A situação de Mulholland começou a se complicar em fevereiro, quando a relação entre a instituição e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) foi questionada pelo Ministério Público do Distrito Federal.

O órgão acusou a Finatec de ter financiado, com recursos públicos, a reforma de um apartamento funcional usado por Mulholland no valor de R$ 470 mil.

A invasão dos estudantes já havia sido declara ilegal pela Justiça, mas a ordem de reintegração de posse não chegou a ser executada.

O fornecimento de água e luz para a reitoria, no entanto, foi suspenso.

Sobre a multa a que está sujeito o movimento estudantil por conta da invasão (estimada, até ontem, em R$ 700 mil, pela UnB), o Diretório Central dos Estudantes da UnB diz que não tem verba para pagá-la.