O diretor-geral do Instituto Xingó, Gilberto Rodrigues, afirmou que a entidade “não tem vínculo partidário” e está separada de suas funções como tesoureiro do PSB-PE.
Ele se considera um homem “bem relacionado”, o que o ajuda a “captar recursos”, mas nega que tenha usado sua influência partidária por meio do PSB.
FOLHA - Como é sua relação com Eduardo Campos?
GILBERTO RODRIGUES - Não sou amigo dele.
Me dou bem com todos, do ministro ao presidente da República.
Eu sou bem relacionado.
Tenho um conhecimento técnico.
E tenho que ter um relacionamento.
Como você pode ser diretor de uma instituição se não conhece as pessoas para captar recursos?
FOLHA - Além de técnico, o sr. também é um político?
RODRIGUES - Não sou politico, tenho relação de amizade com políticos.
FOLHA - O sr. é do PSB?
RODRIGUES - Sou, mas sou apenas um membro do PSB.
Não disputo cargo.
FOLHA - O sr. não disputou para deputado estadual?
RODRIGUES - Foi em 98.
FOLHA - Atualmente o sr. exerce alguma função?
RODRIGUES - Não.
FOLHA - O diretório do PSB de Pernambuco disse que o sr. é o secretário de Finanças.
RODRIGUES - Sim, sou.
Estou lá como secretario de Finanças.
Mas uma coisa não tem a ver com outra.
FOLHA - Mas o sr. não vê que pode ter um conflito?
RODRIGUES - Não, acho que não.
Recursos do partido não têm nada a ver com isto aqui não.
Pode vir quem quiser, que não vão encontrar irregularidade aqui.
FOLHA - Mas o sr. não vê conflito em convênios de uma pasta do PSB com entidade dirigida pelo tesoureiro do PSB?
RODRIGUES - Não vejo nenhuma incongruência nisso não.
Até porque as contas do partido são uma coisa e do instituto outra.