No começo da tarde, revelei aqui em primeira mão que a comissão de ética do Sindicato dos Jornalistas havia arquivado a representação apresentada pelo jornalista Fábio Alves contra Joaquim Netto, assessor de comunicação da SDS, acusado de ter dito que preferia falar com bandidos do que com alguns jornalistas.

O jornalista Félix Galvão, integrante da comissão e assessor palaciano, do mesmo governo a que serve Netto, não gostou do que leu e ligou para o presidente da comissão de Ética para reclamar. “Vi sua nota e ela está cheia de erros”, interpretou Félix, procurado pelo Blog, interessado em saber se ele se sentia confortável em julgar um colega de governo.

Disse que não se sentia desconfortável em nenhum momento. “O erro básico é que não se discutiu o mérito.

Se Joaquim (Netto) disse ou não disse (que alguns jornalistas são mais difíceis de lidar do que bandidos).

O que se discutiu foi se a denúncia cumpria os requisitos para ser analisada”. “Não decidimos nada de mérito.

Se a gente continua, ele seria nulo.

O pedido da representação teria que ser apresentado ao presidente da comissão de ética e não ao presidente do sindicato, como foi feito.

Assim, é nulo de direito.

Ou seja, já começou errado”, argumentou. “Depois, a solicitação foi apresentada em apenas cinco linhas.

Na verdade, quatro linhas, sem dizer onde, quando, como.

Não houve uma fundamentação.

Houve pessoas que falaram no caso porque ele apareceu nos jornais.

São dois erros básicos.

Não cumpriu as formalidades exigidas.

Diante disto, decidiu-se pelo arquivamento”, defendeu.

Apesar da área de comunicação da SDS ser subordinada a Secretaria de Comunicação, onde trabalha Félix, ele garante que não se sentiu desconfortável em arquivar o caso, sem avançar em busca de qualquer prova. “Não sou amigo dele.

Apenas o conheço profissionalmente.

Na comissão, uns tem aproximação maior outros menor, embora tenha gente que tenha declarado amiga dele”, informou.

Na conversa, Félix Galvão ainda justificou a decisão da Comissão de Ética como uma preocupação com o próprio blogueiro e a categoria. “E se alguém entrar com um processo de duas linhas contra você Jamildo, dizendo que você fez isto ou aquilo?

O que você vai achar?”, questionou.

Vou rir um bocado, mas não acredito na possibilidade.

Aqui nesta tribuna, além de não ter o costume de usar este tipo de palavreado, apresento informações e dados.

O leitor é que tira as conclusões sobre o caráter e o comprometimento ético de cada um.

PS: além do assessor direto de Eduardo, Joaquim Netto teve a representação arquivada, na comissão de Ética, com a ajuda da também jornalista Jô Lima, que trabalha atualmente na Secretaria de Ressocialização do governo do Estado.

A Ética da Comissão Comissão de Ética decide não investigar denúncia e arquiva representação contra Joaquim Netto, da SDS