Brasília - O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) entraram hoje (8) na Justiça Federal com uma ação de improbidade administrativa contra o reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, e o decano de Administração, Érico Paulo Weldle.
Os dois são acusados de usar recursos destinados ao financiamento de projetos e desenvolvimento institucional da UnB para decorar o apartamento funcional utilizado pelo reitor.
Segundo a ação, cerca de R$ 470 mil foram gastos para mobiliar e decorar o apartamento funcional.
Além disso, R$ 72 mil foram usados para comprar um automóvel de uso exclusivo do reitor Mulholland.
Todos os gastos foram custeados pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), fundação de apoio ligada à Fundação Universidade de Brasília (FUB), com a utilização de recursos destinados ao desenvolvimento institucional.
Os procuradores da República Raquel Branquinho e Rômulo Moreira e o promotor de Justiça Ricardo Souza consideram na ação que “os gastos foram exorbitantes e o dinheiro aplicado para fim diverso daquele previsto em lei”.
Na ação, eles pedem a condenação de Timothy Mulholland e de Érico Paulo Weldle ao ressarcimento integral do dano causado, à perda da função pública, à suspensão dos direitos políticos por até cinco anos, ao pagamento de multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração recebida por eles e à proibição de contratar com o poder público por três anos, além do pagamento de indenização por danos morais.