A ONG Transparência Brasil, que há dois anos ganhou o Prêmio Esso como melhor contribuição à imprensa, acaba de concluir o estudo “O Senado e seus suplentes”, traçando o perfil dos 16 suplentes de Senador que atualmente exercem o mandato.
Esses parlamentares, que não obtiveram um voto sequer, foram alçados à condição de senadores apenas porque compunham uma chapa liderada pelo vencedor às eleições ao Senado.
Hoje, o Senado é composto por 19,8% de integrantes sem-voto.
Eis alguns detalhes pitorescos: 1) Quatro dos senadores suplentes doaram um total de R$ 1,8 milhão às campanhas eleitorais dos respectivos titulares.
São eles: Wellington Salgado (PMDB-MG), João Tenório (PSDB-AL), Adelmir Santana (DEM-DF) e Gilberto Goellner (DEM-MT) 2) Três são parentes dos titulares: João Tenório (PSDB-AL), ACM Junior (DEM-BA) e Lobão Filho (DEM-MA) 3) Mais da metade dos suplentes jamais venceu uma eleição; 4) Dez suplentes declararam ter patrimônio superior a R$ 1 milhão; 5) Duas bancadas (Distrito Federal e Pará) contam com dois suplentes entre seus três senadores.
Por particularidades como seu sistema de suplência, o Senado Federal tem sido objeto de discussões sobre sua viabilidade.
Não são poucos os que defendem a extinção da Casa, uma vez que os deputados federais poderiam exercer as funções dos senadores.
Leia aqui o relatório completo.