Do G1 O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,48% em março, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9).

O índice é o maior para meses de março desde 2005.

O IPCA é usado pelo Banco Central para definição das metas de inflação.

Na comparação com o mês anterior, no entanto, o IPCA permaneceu quase estável, com queda de 0,01 ponto percentual.

No acumulado no ano, o IPCA situa-se em 1,52%, acima do verificado em igual período de 2007 (1,26%).

Nos últimos 12 meses, o resultado está em 4,73%, também superior ao dos 12 meses imediatamente anteriores (4,61%).

Em março de 2007, o IPCA havia sido de 0,37%.

Segundo o IBGE, a alta dos preços dos alimentos e das taxas de água e esgoto, energia elétrica, combustíveis e vestuário compensaram a desaceleração do grupo educação, que havia sido responsável por metade da inflação de fevereiro.

Só o grupo alimentação e bebidas foi responsável por 40% do indicador de março.

A variação de preços foi de 0,89% em média, acima da taxa de 0,60% registrada em fevereiro.

Influenciado por aumentos nos preços da farinha de trigo, o principal destaque do grupo foi o pão francês, que ficou 4,24% mais caro.

NÃO-ALIMENTÍCIOS Para os produtos não-alimentícios, a taxa de 0,36% de março ficou abaixo do resultado de 0,46% de fevereiro, devido à eliminação do reflexo dos reajustes nas mensalidades escolares.

Além do grupo educação (de 3,47% em fevereiro para 0,24% em março), outros itens, como os ônibus urbanos (de 0,49% para 0,06%), tiveram variações menos intensas de fevereiro para março.

Por outro lado, o IPCA foi pressionado por aumentos como o das tarifas de energia elétrica, que tiveram alta de 1,40% e ficaram com a maior contribuição individual no mês.

Subiram também as tarifas de água e de esgoto (1,43%).

Além disso, os preços do litro do álcool , que haviam caído 2,31% em fevereiro, ficaram 1,73% mais altos em março.

Por isso também houve aumento de 0,76% no preço da gasolina, que, em fevereiro, havia apresentado queda de 1,42%.

Destacaram-se ainda, em março, os artigos de vestuário, cujos preços em fevereiro, sob influência das liquidações, haviam caído 0,54%, mas, no mês passado, com a chegada na nova coleção ao mercado, apresentaram alta de 0,75%.

Dentre os índices regionais, Curitiba (0,99%) apresentou o maior resultado, em razão principalmente dos aumentos nos combustíveis (6,68%).

Em Brasília, ocorreu o inverso: a queda de 6,90% nos preços dos combustíveis foi uma dos responsáveis pela menor variação no mês (-0,22%).

INPC Para o consumidor, a inflação pesou no bolso em março.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou variação de 0,51% no mês, acima do resultado de fevereiro, quando ficou em 0,48%.

O acumulado no ano está em 1,69%, bem acima da taxa do mesmo período de 2007 (1,36%).

Nos últimos 12 meses, o resultado é de 5,50%, também maior que os 5,43% dos 12 meses imediatamente anteriores.

No mês passado, os produtos alimentícios aumentaram 0,98%, enquanto entre os não-alimentícios a alta foi de 0,31%.