A ministra da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Rousseff, recebeu nesta quarta-feira a solidariedade da Bancada Feminina do Congresso Nacional em protesto à agressão do senador Mão Santa (PMDB-PI) que se referiu à ministra como “galinha cacarejadora”.

Do Partido dos Trabalhadores participaram as deputadas Fátima Bezerra (RN), Ângela Portela (RR), Cida Diogo (RJ), Maria do Carmo Lara (MG) e Janete Pietá (SP), e as senadoras Serys Slhessarenko (MT), Ideli Salvati (SC) e Fátima Cleide (RO).

No manifesto, as mulheres parlamentares disseram que a expressão afrontou a dignidade feminina da mulher brasileira e o espírito democrático do Brasil. “As mulheres brasileiras não são nem “galinhas” nem “cacarejadoras”.

Expressões como essas só fazem ampliar a cultura da desvalorização e do preconceito contra aquelas que dão a sua vida para gerar uma nova sociedade desenvolvida e justa a ser legada a seus filhos.”, diz o texto.

Na reunião, a ministra disse se sentir irmanada pela solidariedade das parlamentares.

Dilma destacou que as mulheres são diferentes dos homens, porém não são desiguais.

E que as agressões à pessoa dela acontecem por preconceito. “Esse tipo de tratamento demonstra o preconceito existente contra todas as mulheres.

Nunca falam que um homem é duro, mas uma mulher é dura, numa tentativa de desqualificá-la”.

Dilma também disse que vai continuar falando do PAC, porque o Plano diz respeito às grande obras que o país precisa para crescer, temas de interesse das mulheres, sim.

A reunião foi encerrada com a fala da deputada Fátima Bezerra: “mexeu com ela (Dilma), mexeu com a gente”.

A ministra abraçou todas as parlamentares e tirou várias fotos.

Segundo a deputada Fátima, a ministra Dilma Rousseff foi atacada por sua competência e pelo seu empenho em defender o Plano de Aceleração do Crescimento, exigência de todos os brasileiros conscientes.

Mas, foi atacada sobretudo por ser mulher.

E, por isso, conta com toda a nossa solidariedade.