Apesar das expectativas da oposição de que a comissão parlamentar de inquérito (CPI) criada nesta terça-feira (8) para apurar o uso dos cartões corporativos apenas no Senado represente uma investigação de fato das denúncias de irregularidades veiculadas pela imprensa, o presidente do Senado demonstrou incredulidade em entrevista concedida após a reunião de líderes realizada na residência oficial. - Qualquer pessoa de bom senso haverá de chegar à conclusão que uma CPI precisa ter tranqüilidade para apurar a verdade.

Duas CPIs sem tranqüilidade, sem compreensão dos verdadeiros deveres de uma apuração - eu faço pouca fé nesse trabalho - disse.

O presidente prevê novo embate pelos cargos de comando da nova CPI.

Diante da leitura do requerimento, o governo promete exigir a presidência e a relatoria, ao passo que a oposição não abre mão de um dos cargos.

Na avaliação do presidente, a pauta do Senado deve ser afetada. - Que deixassem o Plenário votar.

O que acontece na CPI repercute no Plenário, e aí nem se decide na CPI nem no Plenário.

Estou acumulando reservas de paciência e tranqüilidade, porque acho que, ao final dessa novela, teremos um final feliz - disse o presidente.