O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos , deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), avaliou que ter duas CPIs simultâneas e com a mesma finalidade é um desperdício de dinheiro público muito maior do que os “equívocos que, provavelmente, encontraremos com o uso do cartão corporativo”. - Muita gente afirma que o Parlamento está mais para delegacia de polícia do que para Parlamento.
Duas CPIs vão evidenciar essa imagem.
Aí, sim, será desperdício de dinheiro público - sustentou.
Na ocasião, Luiz Sérgio também considerou que o sigilo requerido pelo governo para os gastos da Presidência da República é garantido pela Constituição.
E avaliou o comparecimento na comissão, nesta terça-feira (8), do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, General-de-Exército Jorge Armando Félix, como o ponto de partida de um debate que só se encerrará após os depoimentos do ex-ministro da mesma pasta General-de-Exército Alberto Cardoso e do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda. - Esse juízo de valor vai se formar na conclusão desse debate.
Esse debate é muito subjetivo, porque o general Félix diz que tudo aquilo que for evidenciar, mostrar como algo rotineiro, se constitui em contas sigilosas - frisou.
O deputado informou, entretanto, que as informações consideradas não-sigilosas correspondem a mais de 99% do que foi gasto e que esse material está chegando à CPI Mista dos Cartões Corporativos.
Luiz Sérgio sugeriu que aqueles que reclamam não ter o que fazer podem se debruçar sobre este material, que está no arquivo, é público e está acessível a todos os membros da comissão.
Com Agência Senado