Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá um papel de destaque na nova política industrial que o governo federal anunciará ainda neste mês, disse hoje (8) o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, ao participar da posse da nova diretoria da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro para o biênio 2008/09. “Ele vai ser usado como, talvez, o banco de fomento mais importante do mundo, duas vezes maior que o Banco Mundial (Bird).

Será uma ferramenta importante dessa política industrial, até porque o BNDES é parte do Ministério do Desenvolvimento.

E tem trabalhado, coisa que não acontecia há algum tempo, de maneira coordenada e conjunta com o ministério”, disse.

Miguel Jorge confirmou que o BNDES deverá apoiar o setor industrial com recursos entre R$ 200 bilhões e R$ 250 bilhões até 2010.

Os recursos, segundo ele, poderão ser buscados no Tesouro Nacional e captados com organismos financeiros internacionais.

O objetivo, acrescentou, é ampliar o volume e também redirecionar as condições de empréstimos para a indústria, “não só por causa da política industrial, mas porque o crescimento da economia levou a uma procura maior de recursos pelo único banco de fomento que nós temos no país”.

Ele lamentou que o sistema financeiro brasileiro ainda invista pouco em obras de infra-estrutura e em projetos de risco de empresas inovadoras.

Quando o país não cresce, analisou, não há procura por financiamentos: “Até sobra dinheiro.

Com o crescimento econômico, aumenta a demanda pelos recursos baratos no BNDES.” Da parte do governo, os recursos virão por meio do corte de impostos. “Nós reduziremos o custo das empresas para que elas possam investir.

Nós reduziremos o custo das empresas para que elas possam exportar”, disse, ao admitir que a crise internacional poderá aumentar a procura por recursos do BNDES e até exceder o previsto.

Com Agência Brasil