A defensora pública geral do Estado, Tereza Joacy, avaliou agora à tarde, em entrevista ao Blog, que o principal interesse da Associação dos Defensores Públicos de Pernambuco com a greve da classe, hoje no décimo terceiro dia, é a eleição para o comando do órgão, que só será possível quando for aprovado pela Assembléia Legislativa o projeto de autonomia da instituição. “O interesse é somente esse.

Não é melhoria da classe, não é salário.

Estão se preocupando apenas com o problema da eleição”, disse a defensora geral.

Atualmente, a indicação do nome que ocupa o cargo de defensor geral do Estado é prerrogativa do governador.

Com a aprovação do projeto de lei que cria a autonomia administrativa da Defensoria, a escolha passará a ser feita através de eleição junto aos defensores públicos.

O projeto enviado no ano passado Assembléia pelo governador Eduardo Campos foi aprovado em primeira votação, no plenário, em novembro.

E a expectiativa da Associação dos Defensores é que entre na pauta do Legislativo para votação definitiva ainda nesta semana.

Além da eleição, outra grande mudança que virá com a autonomia é que a Defensoria Pública passará a contar com orçamento próprio a ser discutido anualmente com o governo do Estado, a quem caberá repassar os duodécimos do órgão - assim como já acontece nos casos dos poderes Judiciário e Legislativo e do Ministério Público. “Nós também queremos a autonomia.

Mas tudo tem seu tempo.

Houve precipitação da Associação com a greve e inclusive prejudicou nossas conversas com o governo”, disse a defensora pública geral, que foi indicada em setembro do ano passado para este período de transição.

No momento, a Defensoria Pública está ligada à secretaria de Desenvolvimento Social, do secretário Roldão Joaquim.

FUNCIONAMENTO NORMAL Tereza Joacy também criticou o presidente da Asociação dos Defensores Públicos, Edmundo Siqueira Campos, por ter acusado o governo do Estado de demonstrar pouco empenho para que a autonomia seja aprovada.

Ela lembrou que foi o governo que enviou o projeto de de lei para análise da Assembléia e, desde novembro, já teria nomedao mais de 20 novos defensores aprovados em concursos.

Na sua avaliação, a greve é parcial e não alcança mais que 20% dos cerca de 240 defensores públicos do Estado.

Os números são justamente o oposto do que divulga a associação representante da classe.

A paralisação tem, de acordo com a entidade, o objetivo de pressionar governo e Assembléia para a rápida aprovação da autonomia.

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