Neste domingo, li, com pesar, sobre a queda do ombudsman da Folha de São Paulo, Mário Magalhães.

Nada escrevi aqui no blog porque julguei ser um problema administrativo, interno, do jornal paulista.

Não deixa de ser um retrocesso para a imprensa nacional, pois a Folha de São Paulo é o maior jornal do país e sinaliza tendências.

Como o assunto está sendo politizado, de forma tosca, usado por militantes aqui no Blog para atacar a mídia nacional, no que seria mais um capítulo do golpismo midiático contra LULA III, mudei de idéia e decidi publicar a carta de despedida do jornalista.

Deixo que os próprios leitores tirem suas conclusões, na sessão de artigos.

Para quem não tem paciência de ler, adianto que o que ocorreu, de fato, foi que a Folha condicionou sua permanência ao fim da circulação das críticas diárias na internet. “Não concordei; diante do impasse, deixo o posto”.

Mais: na sua coluna de despedida, Mário Magalhães desmente categoricamente o ministro Franklin Martins, que afirmou, na semana passada, no Rio Grande do Sul, que o ombudsman da Folha teria pedido que o jornal entregasse suas fontes, no caso do dossiê Dilma.

Por isto, teria caído.

Mais uma balela deste governo Lula. “A crítica diária é valiosa como instrumento de diálogo entre os leitores e o ombudsman.

O que ele pensa disso e daquilo?

Por vezes, a resposta se encontra nos apontamentos do dia.

Na semana passada, foi possível conferir se eu perguntei à Folha quem lhe forneceu o dossiê do momento.

A resposta significaria romper o compromisso de sigilo com a fonte.

Um ministro disse que eu perguntei.

Não é verdade”, escreveu Mário Magalhães, em sua derradeira crônica.

Veja a íntegra aqui.