O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (SinjoPE) vem a público se posicionar quanto à polêmica que envolve uma declaração atribuída ao assessor de Imprensa da Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco, Joaquim Neto, durante o II Encontro Anual do Fórum de Segurança Pública de Pernambuco, realizado de 26 a 29/03, no Recife.

Segundo matéria intitulada “Assessor da SDS ataca jornalistas durante evento”, publicada na edição do sábado 29/03 do Jornal do Commercio (JC), o jornalista Joaquim Neto teria afirmado que “às vezes é melhor falar com bandidos do que falar com alguns jornalistas” (sic).

Teria, também, classificado alguns repórteres como “maquiavélicos”.

Em carta encaminhada ao presidente do SinjoPE, Ayrton Maciel, com cópia ao Blog de Jamildo, que integra o mesmo Sistema Jornal do Comercio de Comunicação (SJCC) do JC, o jornalista Joaquim Neto nega ter “agredido a categoria profissional dos jornalistas, comparando-a com bandidos” (sic).

Afirma que a acusação seria fruto de “uma campanha sórdida”, que teria o objetivo de “desacreditá-lo como profissional” e ressalta que a frase “jamais foi pronunciada desta forma”, tendo sido “extraída e deturpada”.

Acrescenta ainda: “a generalização a mim atribuída, é da responsabilidade única de quem a cunhou e difundiu”(sic).

A Diretoria do SinjoPE não teve acesso à transcrição da frase original e ao contexto em que originariamente foi pronunciada, mas entende que generalizações não contribuem para uma informação de qualidade e terminam por atingir o coletivo, e ainda favorecem a eventuais ou supostos agressores.

Entende, ainda, a Executiva, que as divergências podem e devem ser sempre esclarecidas no campo democrático das versões de um e de outro, o que significa consagrar o direito à liberdade de imprensa e à liberdade de expressão, duas bandeiras inalienáveis da Fenaj e do SinjoPE.

O Sindicato salienta, também, que os jornalistas não contam ainda com um Conselho Federal de Jornalismo (CFJ), mas a categoria conta com comissões estaduais e uma Comissão Nacional de Ética e Liberdade de Expressão (CNELE), vinculadas, respectivamente, aos seus Sindicatos e à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). É a essas comissões que são encaminhadas representações quanto à conduta ou declarações que venham a atingir a categoria ou firam o Código de Ética.

A Diretoria do SinjoPE considera pertinente e louvável a preocupação com o respeito à categoria que o episódio suscitou entre os jornalistas e instituições da sociedade civil e informa que foi encaminhada representação de um filiado à Comissão de Ética do SinjoPE contra o jornalista apontado com autor da frase em questão, e aguarda o posicionamento do colegiado.

A diretoria ressalta, igualmente, que se algum jornalista se sente perseguido ou alvo de campanha de descrédito, tem o mesmo direito de denunciar e representar contra os eventuais detratores na Comissão de Ética de seu Sindicato.

A Diretoria