Em debate que acabou ainda há pouco no programa Movimento, de Ednaldo Santos, na Rádio Jornal, o secretário de Planejamento do Recife, João da Costa, candidato do PT à sucessão de João Paulo, disse que, se eleito, não desistirá da obra. “Se não for feito agora, vou fazer a obra na minha gestão”, prometeu.

No ar, Costa reclamou também da ação de opositores da PCR que estão questionando a obra na Justiça. “É o mesmo povo que impediu a privatização da Celpe no governo Arraes e quando assumiu o governo, a primeira coisa que fez foi a privatização da Celpe”, atacou, negando-se a citar os nomes de Mendonça Filho, do Dem, e Raul Henry, do PMDB.

O primeiro era vice-governador de Jarbas Vasconcelos e teve atuação destacada na apresentação de ações para barrar a venda, no final do governo Arraes.

Henry é candidato do PMDB de Jarbas, que também elegeu-se criticando a antecipação de recursos do BNDES para o Estado, pela privatização da estatal de distribuição de energia.

Ainda em torno do mesmo tema, João da Costa disse que a gestão petista não se responsabiliza pela perda do dinheiro gasto em publicidade da obra, mais de R$ 1 milhão, se ela não sair. “Esta conta tem que ser apresentada e debitada não a nossa gestão, mas as pessoas que estão, há um ano, trabalhando para que o projeto não saia.

Quem tem que pagar são eles”, atacou.

No mesmo programa, quando se tocou no assunto barulho na cidade, Costa voltou a alfinetar os moradores que se apresentam contrários à obra, garantindo que não haverá problemas. “Não estamos fazendo nada para incomodar ninguém.

Maior incômodo seria permitir um conjunto de mais de 30 andares”, afirmou, numa aparente crítica a expansão imobiliária no bairro.