Caro Jamildo Vejo no seu blog a projeção fotográfica de um escândalo que está aí e ninguem quer ver.
Trata-se da clara compra de votos que a Prefeitura do Recife, escondida através de um programa do Governo Federal, está desenvolvendo a olhos vistos.
Trata-se do cadastramento para o bolsa-família às vésperas de uma campanha eleitoral.
Antigamente, os coronéis do interior nordestino, entregavam, às escondidas, cédulas aos eleitores no dia do pleito e, com isso, ganhavam sucessivas eleições.
Esta época passou mas foi substituída pelo PT por algo mais palpável: a compra de votos às claras e em plena Região Metropolitana.
Mais precisamente na rua Oliveira Lima, na séde da URB.
Isso, Jamildo, tem se repetido dia-a-dia.
O prefeito João Paulo, como todos sabem, abandonou a Urb.
Não se houve mais falar na empresa que antigamente fazia o planejamento urbano da capital.
A última notícia que se teve da Urb ocorreu quando um incêndio atingiu o gabinete da presidência, há uns dois anos.
Pois bem, a Urb agora surge como protagonista desta vergonhosa prática.
As filas são diárias, o povo tem sido submetido - inclusive crianças - ao vexame de ficar exposto ao sol e à chuva para conseguir uma ficha, fazer o cadastramento e receber R$ 100,00 no final do mês.
Não somos contra os programas assistencialistas mas a forma como está sendo distribuído o bolsa-família é algo que envergonha a própria Justiça Eleitoral à qual cabe a fiscalização do pleito e a punição aos que estrapolarem - como é o caso - a legislação que proíbe a compra de votos.
Se o prefeito está em campanha e tem um candidato por ele apoiado que, inclusive, é secretário municipal, deveriam, pelo menos, ter o cuidado de não fazer a distribuição das esmolas em um prédio do município mas em um prédio federal.
Seria menos humilhante para o povo e para a democracia.
Abraços, Terezinha Nunes.